Cybersquatting e o Papel do Registro de Marca

Adriana Brunner • 17 de janeiro de 2025

O registro de um domínio de má-fé, conhecido como cybersquatting, é uma prática que pode ser combatida de forma eficaz com base no registro de marca. A proteção conferida por um registro no INPI possibilita que o titular da marca reivindique o domínio apropriado indevidamente, garantindo a exclusividade e evitando o uso desleal.


Resolvendo Conflitos de Domínios


Em nossa atuação como árbitros em conflitos envolvendo domínios e marcas, e a experiência mostra que a grande maioria das decisões favorece os proprietários da marca registrada. Isso porque a arbitragem e os mecanismos judiciais reconhecem que o domínio utilizado de má-fé pode causar:


  • Confusão no Mercado: Consumidores podem ser induzidos ao erro, acreditando que o domínio pertence à marca legítima. 
  • Desvio de Tráfego: O uso indevido de um domínio impacta diretamente o tráfego digital da marca original, gerando prejuízos financeiros e de reputação. 
  • Concorrência Desleal: O cybersquatting muitas vezes busca explorar a fama e o valor da marca registrada para obter vantagens indevidas.


A Importância do Registro de Marca


O registro de marca no INPI é a principal ferramenta para combater práticas como o cybersquatting. Ele confere exclusividade ao titular e cria uma base sólida para reivindicar seus direitos em situações de conflito. Além disso, a arbitragem para resolução de disputas de domínio é uma solução ágil e eficaz para proteger a marca no ambiente digital.


Conclusão


Conflitos envolvendo domínios e marcas são cada vez mais comuns, mas mecanismos como a arbitragem e a proteção conferida pelo registro de marca tornam possível combater essas práticas de forma eficiente. Nossa experiência mostra que, ao agir rapidamente, as marcas conseguem proteger sua identidade e evitar prejuízos maiores.


Fonte: Migalhas


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