TJ/SP Proíbe Venda de Bloco de Jardim Vertical que Viola Patente

Adriana Brunner • 22 de maio de 2024

A 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) decidiu, por unanimidade, proibir a venda de blocos de jardim vertical que violam uma patente. A análise técnica confirmou a violação da patente pelos produtos da empresa recorrente, destacando a necessidade de respeito aos direitos de propriedade industrial.


⚖️ Detalhes do Caso:


  • Produto Patenteado: O objeto em questão é um bloco modular para a composição de floreiras verticais, conhecido como "garden wall".
  • Decisão Judicial: A sentença determinou que a empresa se abstenha de comercializar, divulgar e expor produtos que violem a patente dos autores, além de condená-los ao pagamento de indenização por danos materiais e morais.


📜 Histórico Jurídico:


  • Ação Inicial: A sentença inicial extinguiu o processo devido à existência de coisa julgada.
  • Apelação: Em segunda instância, a sentença foi anulada e o processo foi retomado, resultando na condenação da empresa por violação de patente.
  • Recurso no STJ: O Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandou o TJ/SP rejulgar a questão, reforçando que a análise de violação de patente deve considerar as reivindicações constantes do título outorgado pelo INPI.
  • Decisão Final: O TJ/SP manteve a decisão anterior, destacando que a perícia técnica confirmou a colidência entre os produtos da empresa e a patente dos autores, afirmando que “os produtos comercializados colidem com a patente, ou seja, todas as características técnicas dispostas na patente, de titularidade do autor, estão reproduzidas nos produtos comercializados pela ré”.


📅 Comparação de Patentes:


  • Patente dos Autores: Depositada em 2009 e registrada em 2017.
  • Patente da Empresa Recorrente: Depositada em 2015 e registrada em 2021.


O tribunal concluiu que a proteção deve ser conferida à patente mais antiga e que a validade da patente dos autores está respaldada por uma robusta análise pericial. Além disso, a possibilidade de declaração de nulidade incidental da patente na Justiça Estadual não é aplicável ao caso, mantendo a validade da patente até decisão contrária da Justiça Federal.


🔒 Impacto e Conclusão:


A decisão do TJ/SP reforça a proteção dos direitos de propriedade industrial, reconhecendo a validade e a importância das patentes.


Processo: 1008081-96.2017.8.26.0624

Fonte: Migalhas

Caminhão da Toyota?? Vem aí a Hilux Champ!
Por Adriana Brunner 23 de junho de 2025
A Hilux Champ, modelo inédito da Toyota, teve seu design revelado pela publicação do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) antes mesmo de qualquer anúncio no mercado brasileiro.
Google como parte no uso indevido de marca no Google Ads? Justiça diz que sim
Por Adriana Brunner 20 de junho de 2025
Em recente decisão, o TJSC entendeu que o Google pode sim ser responsabilizado quando marcas registradas são usadas como palavra-chave para promover concorrentes em anúncios patrocinados.
Caroneiro de Campanha Publicitária? Isso é concorrência desleal.
Por Adriana Brunner 18 de junho de 2025
O STJ condenou a joalheria Monte Carlo por se inspirar na coleção Stern Star, uma campanha da H. Stern.
Aeroitalia x Alitalia – Quando o nome gera turbulência legal
Por Adriana Brunner 16 de junho de 2025
A Justiça de Roma determinou que a empresa aérea Aeroitalia mude seu nome por conta da semelhança com a marca Alitalia, tradicional companhia italiana.
A Disputa entre Nattan e Natanzinho e a Importância do Registro de Marca no INPI
Por Adriana Brunner 12 de junho de 2025
O caso envolvendo os cantores Nattan e Natanzinho Lima, que disputam o direito ao uso da marca "Nattanzinho", é um exemplo emblemático da importância estratégica do registro de marcas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Desenho Industrial: quando o design precisa mesmo ser novo
Por Adriana Brunner 10 de junho de 2025
O famoso modelo de sandália “Melissa Aranha” teve seu registro de desenho industrial anulado.
Cybersquatting e proteção de nomes notoriamente conhecidos: Angela Ro Ro recupera domínio na Justiça
Por Adriana Brunner 9 de junho de 2025
A cantora Angela Ro Ro conquistou uma importante vitória judicial ao reaver o domínio angelaroro.com.br, após sua apropriação indevida por terceiros.
Inovação que Transforma: Unicamp atinge recorde histórico em transferências de tecnologia
Por Adriana Brunner 6 de junho de 2025
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) atingiu, em 2024, o maior número de contratos de transferência de tecnologia da sua história: 233 ativos, um crescimento de 9,9% em relação ao ano anterior.
Plágio melódico e vulgarização da obra: compositor ganha ação contra cantor baiano
Por Adriana Brunner 4 de junho de 2025
Uma importante decisão judicial reforça os limites da liberdade artística frente aos direitos autorais no Brasil. A 9ª Vara Cível e Comercial de Salvador condenou o cantor Robyssão a indenizar os compositores da música “Mar Lagoa”, sucesso gravado pelo Olodum em 1996, por plágio melódico e distorção do conteúdo original da obra.
BMW x BYD: quando “Mini” se torna um grande problema jurídico
Por Adriana Brunner 3 de junho de 2025
Uma nova disputa de marcas no setor automotivo está em curso no Brasil e promete levantar discussões relevantes sobre propriedade intelectual, concorrência desleal e o limite da proteção de termos genéricos.
Mais Posts