Estudo do INPI destaca tecnologias verdes no setor de energia
O Observatório de Tecnologias Verdes do INPI divulgou um levantamento estratégico sobre pedidos de patente voltados à geração de energia sustentável no Brasil. Foram analisados 13.022 documentos depositados desde 2012, revelando um cenário de inovação marcado pela concentração em áreas como biocombustíveis, células de combustível, tecnologias de hidrogênio e energia eólica, que juntas representam 80% dos pedidos.
O estudo mostra que mais da metade dos depósitos tem origem em três países — Estados Unidos, Alemanha e Japão —, mas destaca também a posição relevante do Brasil, que aparece em segundo lugar no ranking, com 1.886 pedidos. A Petrobras é a única instituição brasileira entre os 20 maiores depositantes, figurando ao lado de gigantes como Toyota, Nissan, BYD, Shell e General Electric, e se destaca em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Universidades como Unicamp, USP, UFPR, UFRGS e UFMG, além do CNPEM, também têm papel expressivo na produção nacional.
As tecnologias verdes analisadas abrangem diferentes fontes e sistemas de energia, como hidrelétrica, solar, eólica, oceânica, nuclear, biomassa e hidrogênio, além de células a combustível e redes inteligentes. Esse mapeamento reforça o papel estratégico da inovação no setor energético, tanto para a descarbonização da economia e a redução da dependência de combustíveis fósseis quanto para a promoção da bioeconomia e da economia verde no país.
Ao reunir dados sobre o comportamento dos depositantes e sobre as tendências tecnológicas, o estudo evidencia que o Brasil tem potencial para ocupar posição de liderança em áreas-chave da transição energética, sobretudo em biocombustíveis, hidrogênio verde e energia solar. Para que isso se concretize, será essencial fortalecer a integração entre universidades, empresas e órgãos públicos, transformando conhecimento em soluções sustentáveis e competitivas para o futuro.
Fonte:
Monitor Mercantil