Ainda Estou Aqui: Produtora e advogado disputam marca no INPI

Adriana Brunner • 10 de abril de 2025

O título "Ainda Estou Aqui", consagrado internacionalmente após conquistar o Oscar de Melhor Filme Internacional, tornou-se centro de uma disputa judicial por direitos de marca junto ao INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial.


A briga envolve dois lados: de um lado, a Videofilmes Produções Artísticas, dos cineastas Walter Salles e João Moreira Salles; de outro, o advogado João Paulo Gaia Duarte, sócio de um escritório em Maceió (AL).


Entenda o caso:


  • Em 20 de agosto de 2024, a Videofilmes solicitou o registro da marca "Ainda Estou Aqui" para proteger o uso do nome na produção de filmes e conteúdos audiovisuais.
  • O pedido veio na esteira do sucesso do filme dirigido por Walter Salles, baseado na autobiografia de Marcelo Rubens Paiva, publicada em 2015.
  • Poucos meses depois, em 10 de janeiro de 2025, João Paulo Gaia Duarte também entrou com um pedido para registrar a mesma marca, porém voltado a atividades de agenciamento de artistas, marketing e publicidade.


Conflito: A duplicidade acendeu o alerta da Videofilmes, que apresentou uma oposição formal ao pedido concorrente no dia 20 de fevereiro de 2025, às vésperas da cerimônia do Oscar.


O que diz o INPI? Segundo as regras do Instituto, disputas como essa podem levar até 15 meses para serem analisadas. Nesse período, nenhum dos registros pode ser aprovado de forma definitiva. A decisão final deverá determinar quem terá o direito de uso exclusivo da marca – além de delimitar as áreas de atuação permitidas para cada parte.


Sobre o filme: "Ainda Estou Aqui" conta a história de Eunice Paiva, viúva do deputado federal Rubens Paiva, preso e desaparecido durante a ditadura militar. Com roteiro baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, a obra combina drama familiar e memória política.


O longa recebeu exibição internacional, venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional e também foi indicado a Melhor Filme e Melhor Atriz, com Fernanda Torres.


O processo no INPI continua em análise técnica, e o desfecho promete impactar o uso futuro da marca no cenário cultural e comercial brasileiro.


Fonte: Migalhas 

Nova regulamentação do Inmetro e a importância de proteger sua marca
Por Adriana Brunner 28 de agosto de 2025
O Inmetro acaba de publicar uma nova regulamentação para o setor calçadista, estabelecendo a obrigatoriedade de etiquetagem com códigos de identificação única em todos os calçados fabricados, importados, distribuídos e comercializados no Brasil.
FUSCA – Agora marca de alto renome no Brasil
Por Adriana Brunner 27 de agosto de 2025
O clássico Fusca, que marcou gerações e segue vivo na memória afetiva dos brasileiros, acaba de ser reconhecido pelo INPI como marca de alto renome.
Pirataria em grande escala
Por Adriana Brunner 26 de agosto de 2025
A operação da polícia em Santa Catarina desmontou uma fábrica que produzia roupas falsificadas de marcas como Nike, Adidas, Lacoste, Tommy Hilfiger, Calvin Klein, entre outras famosas, e abastecia todo o Brasil.
Café Conilon do Espírito Santo: tradição, inovação e reconhecimento internacional
Por Adriana Brunner 25 de agosto de 2025
Entre montanhas, vales e lavouras que desenham a paisagem capixaba, o café conilon se tornou mais do que uma produção agrícola: é símbolo de identidade, herança cultural e motor de desenvolvimento para milhares de famílias.
99 x Keeta - Nem começou a operar e já está na Justiça
Por Adriana Brunner 19 de agosto de 2025
A nova empresa de mobilidade Keeta, que ainda nem iniciou suas operações no Brasil, já enfrenta um processo movido pela 99, que alega violação de marca registrada e concorrência desleal.
Vale dos Vinhedos e a força da Denominação de Origem
Por Adriana Brunner 18 de agosto de 2025
Um vinho não é apenas um vinho. Ele carrega histórias, identidades e tradições que se traduzem em cada garrafa.
Nivea x Ultrafarma – Plágio de embalagens e a proteção do trade dress
Por Adriana Brunner 15 de agosto de 2025
A Nivea processou a Ultrafarma alegando que a concorrente copiou o conjunto-imagem (trade dress) de suas embalagens de cosméticos, criando risco de confusão entre consumidores.
Por Adriana Brunner 14 de agosto de 2025
Muita gente acredita que nomes que se tornam populares ou expressões conhecidas não podem ser registrados como marca, mas este caso mostra o contrário.
DORFLEX
Por Adriana Brunner 13 de agosto de 2025
A disputa envolvia duas marcas para medicamentos analgésicos que se distinguem por apenas uma letra.
Deca: agora marca de alto renome no Brasil
Por Adriana Brunner 12 de agosto de 2025
O INPI reconheceu a Deca como marca de alto renome, um título especial que garante proteção em todos os segmentos de mercado, independentemente da classe em que foi registrada.
Mais Posts