Consultor do SBT Deve Pagar R$ 50 Mil a Compositor de Sucessos do Patati Patatá

Adriana Brunner • 6 de fevereiro de 2025

A Justiça de São Paulo decidiu que Rinaldi Faria, consultor do SBT e proprietário da marca Patati Patatá, deverá pagar uma indenização de R$ 50 mil ao compositor Jorge Bragança Caetano da Silva, responsável por grandes sucessos da dupla de palhaços. A decisão, que não cabe mais recurso, põe fim a uma disputa legal envolvendo a falta de reconhecimento e pagamento de direitos autorais devidos.


O Caso: Falta de Créditos e Royalties Não Recebidos


Jorge Bragança Caetano da Silva, que coescreveu 14 músicas para o Patati Patatá, alegou que não teve seus direitos básicos como compositor respeitados. Segundo ele, suas canções, que fazem parte do repertório de sucessos como "Fazer o Bem", "O Belo Adormecido" e "Dança do Avestruz", nunca foram devidamente creditadas, o que configura uma violação de seus direitos autorais. O compositor também afirmou que não recebeu os royalties devidos pelas obras, um pagamento essencial para os criadores de música.


A Defesa de Rinaldi Produções


A empresa de Rinaldi Faria, Rinaldi Produções, contestou a alegação, argumentando que o compositor não tinha direitos autorais sobre as músicas, uma vez que elas foram criadas sob encomenda, com base em roteiros e contextos previamente estabelecidos para os personagens do Patati Patatá. De acordo com a defesa, Jorge Bragança teria sido remunerado de acordo com os termos do contrato, mas nunca deteve os direitos autorais sobre as canções.


A Relevância do Caso para os Direitos Autorais


Este caso destaca a importância de garantir os direitos dos compositores e criadores de conteúdo, especialmente em projetos de grande visibilidade e relevância, como é o caso de Patati Patatá. Mesmo quando as obras são criadas sob encomenda ou para contextos específicos, os autores possuem o direito inalienável de serem creditados e remunerados pelos usos das suas criações.


A decisão judicial reforça a importância de respeitar os direitos autorais e de assegurar que os criadores sejam devidamente reconhecidos por sua contribuição artística. Isso não apenas fortalece a proteção da propriedade intelectual, mas também garante que os valores da justiça e da equidade sejam mantidos, promovendo um ambiente mais justo para os profissionais da música e das artes.


Fonte: Clube Rede FM

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