Trade dress e a força da originalidade

Adriana Brunner • 8 de julho de 2025

A Justiça negou o pedido de anulação do registro da marca Futurinhos Black, concorrente do famoso biscoito Oreo, entendendo que a simples semelhança visual entre os produtos não é suficiente para configurar concorrência desleal.


O ponto central da decisão? A originalidade. O juiz considerou que a “Futurinhos Black” tem elementos próprios que a distinguem no mercado, mesmo que compartilhe com o Oreo algumas características típicas de biscoitos recheados.


Esse caso é mais uma prova de que, quando se trata de trade dress — o conjunto visual que identifica um produto (como forma, cor, embalagem) —, o que vale é a soma de elementos que criam identidade própria e não apenas semelhanças isoladas e, também, as características que são comuns ao mercado de atuação.


Para empresas, isso reforça a importância de:


  • Investir em design e identidade visual únicos;
  • Registrar não apenas a marca, mas também a apresentação comercial (quando aplicável);
  • Monitorar o mercado para proteger sua imagem de forma estratégica.


No mundo da propriedade intelectual, parecer igual nem sempre significa ser cópia. Mas ter uma identidade visual autêntica e bem protegida pode ser seu maior escudo.


Fonte: JOTA

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