Inovação que Transforma: Unicamp atinge recorde histórico em transferências de tecnologia

Adriana Brunner • 6 de junho de 2025

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) atingiu, em 2024, o maior número de contratos de transferência de tecnologia da sua história: 233 ativos, um crescimento de 9,9% em relação ao ano anterior. O feito sinaliza não apenas o dinamismo da pesquisa universitária brasileira, mas a sua crescente capacidade de impactar o mercado e a sociedade.


Esse avanço é impulsionado por 32 novos contratos de licenciamento, que geraram R$ 1,2 milhão em ganhos econômicos, além de benefícios sociais com licenciamentos gratuitos. As tecnologias transferidas incluem desde um bioestimulante natural à base de cana-de-açúcar até ferramentas sofisticadas de prevenção de acidentes em plantas industriais.


O que está por trás desses números?


A Agência de Inovação Inova Unicamp tem ampliado suas frentes de atuação, incentivando startups, programas de incubação e valorizando spin-offs acadêmicas. Hoje, a Unicamp contabiliza:


  • 1.354 patentes vigentes (nacionais e internacionais)
  • 386 programas de computador registrados
  • 159 marcas registradas
  • 101 empresas-filhas ligadas à Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Incamp), com crescimento de 23,3% em 2024


Exemplos que merecem destaque:


  • Bioestimulante natural: desenvolvido por estudantes e licenciado por uma startup, é feito a partir de nanopartículas de carbono oriundas da cana-de-açúcar.
  • Segurança industrial: tecnologias licenciadas por uma startup fundada por ex-alunos da Engenharia Mecânica simulam explosões acidentais e otimizam sensores de vazamento de gás.


Mais do que patentes, é sobre impacto


A transferência de tecnologia é um caminho estratégico para converter ciência de excelência em soluções que geram valor econômico, social e ambiental. No contexto brasileiro, esse movimento mostra que a universidade pública é um motor real de inovação e competitividade.


O que isso representa para o Brasil?


Num cenário em que se discute o fortalecimento da economia do conhecimento, o exemplo da Unicamp reforça a importância de ambientes que conectem pesquisa, empreendedorismo e políticas de inovação. É uma sinalização clara de que há um ecossistema pujante surgindo — e que precisa ser apoiado e replicado.


Fonte: G1

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