📰 Mickey do Paraguai: O Rato que Venceu a Disney 🐭✨

Adriana Brunner • 3 de outubro de 2024

Enquanto a Disney é um império global de entretenimento, no Paraguai, há um outro Mickey que reina supremo. Fundada há três gerações, a empresa Mickey do Paraguai conquistou o público local com produtos como molho de pimenta, panetone e até ervas para o famoso mate paraguaio. O mais curioso? O mascote da empresa é um rato muito parecido com o icônico Mickey Mouse da Disney!


O que começou como uma pequena loja em 1935 cresceu e virou parte da cultura nacional, com seus produtos sendo consumidos por milhares de paraguaios. Mas a trajetória de sucesso veio com desafios: em 1991, a Disney entrou na Justiça contra o uso do nome e do personagem. Durante o processo, a Disney insistiu que os consumidores poderiam confundir os dois "Mickeys", mas o fato de a marca paraguaia ter sido registrada antes de qualquer contestação enfraqueceu o argumento da multinacional. Em 1995 um tribunal de marcas no Paraguai decidiu a favor da empresa local, afirmando que a marca tinha sido registrada e usada de forma contínua desde 1956, muito antes de qualquer contestação da Disney. Esse ponto foi crucial, já que a família Blasco renovava o registro de sua marca regularmente sem qualquer oposição por décadas.


A Suprema Corte do Paraguai, em 1998, confirmou essa decisão, garantindo que a marca Mickey paraguaia tinha o direito de continuar a operar no país.


Hoje, o Mickey Paraguaio não só sobreviveu à batalha legal, mas é um símbolo de orgulho nacional. Mesmo com a limitação de operar apenas dentro do Paraguai, a empresa continua sendo uma referência e um ícone amado pela população, com produtos que resgatam tradições e memórias afetivas dos paraguaios. E a presença do famoso mascote nas ruas, distribuindo doces e posando para fotos, continua a encantar gerações.


A coexistência foi essencialmente imposta devido à falha da Disney em contestar o registro de marca no Paraguai dentro do prazo legal. Com isso, a empresa perdeu a oportunidade de proteger integralmente o uso exclusivo do nome e da imagem do personagem. Essa situação reflete a importância da vigilância constante e da ação rápida nas questões de propriedade intelectual, especialmente para marcas icônicas, a fim de evitar o uso concorrente indesejado.


Fonte: Folha de S.Paulo

Google como parte no uso indevido de marca no Google Ads? Justiça diz que sim
Por Adriana Brunner 20 de junho de 2025
Em recente decisão, o TJSC entendeu que o Google pode sim ser responsabilizado quando marcas registradas são usadas como palavra-chave para promover concorrentes em anúncios patrocinados.
Caroneiro de Campanha Publicitária? Isso é concorrência desleal.
Por Adriana Brunner 18 de junho de 2025
O STJ condenou a joalheria Monte Carlo por se inspirar na coleção Stern Star, uma campanha da H. Stern.
Aeroitalia x Alitalia – Quando o nome gera turbulência legal
Por Adriana Brunner 16 de junho de 2025
A Justiça de Roma determinou que a empresa aérea Aeroitalia mude seu nome por conta da semelhança com a marca Alitalia, tradicional companhia italiana.
A Disputa entre Nattan e Natanzinho e a Importância do Registro de Marca no INPI
Por Adriana Brunner 12 de junho de 2025
O caso envolvendo os cantores Nattan e Natanzinho Lima, que disputam o direito ao uso da marca "Nattanzinho", é um exemplo emblemático da importância estratégica do registro de marcas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Desenho Industrial: quando o design precisa mesmo ser novo
Por Adriana Brunner 10 de junho de 2025
O famoso modelo de sandália “Melissa Aranha” teve seu registro de desenho industrial anulado.
Cybersquatting e proteção de nomes notoriamente conhecidos: Angela Ro Ro recupera domínio na Justiça
Por Adriana Brunner 9 de junho de 2025
A cantora Angela Ro Ro conquistou uma importante vitória judicial ao reaver o domínio angelaroro.com.br, após sua apropriação indevida por terceiros.
Inovação que Transforma: Unicamp atinge recorde histórico em transferências de tecnologia
Por Adriana Brunner 6 de junho de 2025
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) atingiu, em 2024, o maior número de contratos de transferência de tecnologia da sua história: 233 ativos, um crescimento de 9,9% em relação ao ano anterior.
Plágio melódico e vulgarização da obra: compositor ganha ação contra cantor baiano
Por Adriana Brunner 4 de junho de 2025
Uma importante decisão judicial reforça os limites da liberdade artística frente aos direitos autorais no Brasil. A 9ª Vara Cível e Comercial de Salvador condenou o cantor Robyssão a indenizar os compositores da música “Mar Lagoa”, sucesso gravado pelo Olodum em 1996, por plágio melódico e distorção do conteúdo original da obra.
BMW x BYD: quando “Mini” se torna um grande problema jurídico
Por Adriana Brunner 3 de junho de 2025
Uma nova disputa de marcas no setor automotivo está em curso no Brasil e promete levantar discussões relevantes sobre propriedade intelectual, concorrência desleal e o limite da proteção de termos genéricos.
Louis Vuitton aciona pequeno produtor de licores por logotipo semelhante
Por Adriana Brunner 2 de junho de 2025
A gigante do luxo Louis Vuitton foi à Justiça contra um produtor de licores português por usar um logotipo com as letras “LV” em estilo que, segundo ela, seria muito parecido com o da grife francesa.
Mais Posts