Nova Alta Paulista: o café que agora carrega o valor da origem
O Café Arábica da Nova Alta Paulista, no oeste de São Paulo, acaba de conquistar o selo de Indicação Geográfica (IG), reconhecimento concedido pelo INPI e apoiado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Mais do que um título, a IG é um instrumento de diferenciação e valorização econômica, que protege a reputação de produtos fortemente ligados ao seu território e ao saber local.
A IG da Nova Alta Paulista abrange 30 municípios, dos quais 23 já cultivam café, e representa um resgate histórico da vocação agrícola da região — uma das últimas fronteiras colonizadas no Estado, profundamente marcada pela cultura cafeeira. Após décadas de desafios, como a geada de 1975, o reconhecimento chega como um marco de renascimento econômico e simbólico.
Com a IG, os produtores passam a contar com um selo oficial que atesta a origem, a qualidade e as práticas tradicionais da produção. Isso fortalece a competitividade do café regional tanto no mercado interno quanto nas exportações, posicionando-o como um produto de identidade e excelência.
A Associação dos Produtores Rurais de Pacaembu e Região (Aprup) assume agora a gestão da IG, com planos de fomentar o desenvolvimento local, agregar valor às terras e à marca regional e atrair novos investimentos. O retorno dos concursos de qualidade de café e o crescente número de amostras classificadas como especiais mostram que o selo chega em um momento de maturidade e reconhecimento coletivo.
A conquista da Indicação Geográfica da Nova Alta Paulista reafirma o poder das origens rurais como ativos de propriedade intelectual — unindo tradição, qualidade e identidade em um símbolo de pertencimento e desenvolvimento regional.
Fonte:
CenárioMT












