Parceria que gera inovação no campo
O caso do produtor rural capixaba Anatalício dos Reis Silva e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) é um exemplo concreto de como a cooperação entre o saber empírico do campo e o conhecimento técnico-acadêmico pode gerar inovação protegida por patentes — e transformar desafios cotidianos em soluções tecnológicas sustentáveis.
Tudo começou com uma necessidade prática: mecanizar o peneiramento manual do café. O protótipo artesanal criado por Anatalício chamou atenção do Ifes – Campus Cachoeiro de Itapemirim, dando origem a uma parceria que resultou em três pedidos de patente em análise no INPI, incluindo equipamentos elétricos e até versões movidas a energia solar.
Mais do que um avanço técnico, o projeto consolidou a criação da AMIP – Soluções em Máquinas Agrícolas, empresa nascida na incubadora do Ifes e apoiada por programas de fomento como o Centelha e editais da Fapes.
Essa trajetória mostra o papel estratégico das parcerias entre produtores e instituições de ensino no fortalecimento da inovação no agronegócio brasileiro. O conhecimento prático do campo, aliado ao suporte científico e jurídico das universidades e institutos federais, permite gerar tecnologias com potencial de mercado e proteção intelectual garantida pelo INPI.
Além de gerar valor econômico, a parceria rendeu reconhecimento nacional, com premiações na Feira Internacional de Cidades Inteligentes – InnovaCities, reforçando que a inovação rural é também um vetor de sustentabilidade e inclusão.
Quando o campo e a ciência caminham juntos, a inovação floresce — e o registro de patente é o selo que transforma a ideia em ativo protegido.