Ranking INPI 2024: quem lidera a inovação no Brasil?
O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) divulgou os rankings de 2024 dos maiores depositantes de ativos de propriedade intelectual — uma radiografia do ecossistema de inovação no Brasil. Os dados revelam não apenas os principais protagonistas da inovação, mas também tendências distintas entre residentes e estrangeiros.
O que os rankings analisam?
Os dados são divididos entre residentes e não residentes, e incluem depósitos de patentes de invenção, modelos de utilidade, marcas, desenhos industriais e programas de computador.
Patentes de Invenção (residentes)
A inovação tecnológica no Brasil tem destaques no setor industrial e acadêmico:
- Stellantis lidera com 185 depósitos,
- seguida pela Petrobras (155)
- e pela UFCG – Universidade Federal de Campina Grande (86).
Entre os não residentes, empresas globais dominam:
- Qualcomm lidera com impressionantes 1.002 pedidos,
- seguida por Huawei (330) e
- Nicoventures Trading (223).
Modelos de Utilidade
Nos aprimoramentos técnicos de invenções já existentes, a liderança é mais pulverizada.
A Petrobras também se destaca aqui, com 21 pedidos entre os residentes.
Entre os estrangeiros, empresas de energia solar e papel/têxtil aparecem no topo com números mais modestos.
Marcas
O setor de consumo e entretenimento dita o ritmo nos registros de marcas.
We Pink, Palmeiras e Globo ocupam os três primeiros lugares entre os residentes.
Entre os estrangeiros: Amazon, Novartis e Euro Games Technology puxam a fila, mostrando o peso das big techs e da indústria farmacêutica no Brasil.
Desenhos Industriais
Na proteção estética de produtos, o destaque nacional é a Grendene, seguida por designers e empresas de mobiliário e calçados.
No exterior, aparecem nomes como BYD, Honda e empresas asiáticas especializadas em cadeia de suprimentos.
Por que esse ranking importa?
Esses dados vão além de estatísticas. Eles mostram:
- Quais setores estão apostando em inovação?
- Onde estão os centros de pesquisa mais ativos?
- Qual o peso da presença estrangeira no sistema de PI brasileiro?
Mas também apontam um desafio: o alto número de pedidos estrangeiros nem sempre reflete transferência de tecnologia real para o país. O Brasil segue como um destino estratégico de proteção de ativos — mas precisa avançar em estímulos para criar, internalizar e aplicar inovação com valor local.
Fonte: Monitor Mercantil
