Uso Indevido de Nome Civil: Proteção e Regras

Adriana Brunner • 2 de janeiro de 2025

O recente caso envolvendo o uso do nome Tobias de Aguiar, registrado como marca para a atividade de ensino e usado indevidamente por empresa atuante no mesmo segmento, destaca a importância das regras que regem o registro de nomes civis, familiares ou patronímicos como marca.


Regras para o Registro de Nomes Civis como Marca


De acordo com a legislação de propriedade industrial no Brasil, para que nomes civis, patronímicos ou familiares sejam registrados como marca, é indispensável o consentimento do titular, herdeiros ou sucessores. Isso garante que a utilização do nome seja feita de forma legítima e respeite os direitos de quem detém sua titularidade.


No caso citado, a Escola Cívico-Militar Tobias de Aguiar usou o nome registrado sem autorização, configurando violação de marca e apropriação indevida, segundo a decisão do TJ-SP. A justiça portanto proibiu seu uso, protegendo a exclusividade da autora e impedindo a confusão no mercado.


Por que isso importa?


  1. Proteção à Identidade e Herança: O registro e o uso de nomes históricos ou familiares como marca resguardam o legado cultural e pessoal associado ao nome.
  2. Exclusividade e Direitos de Marca: Ao registrar um nome como marca, o titular obtém exclusividade em seu uso comercial, protegendo-o contra usos não autorizados que possam causar confusão ou prejudicar sua imagem.
  3. Exigências Legais: Sem o devido consentimento, qualquer tentativa de registrar ou usar nomes civis pode ser contestada.


Esse caso ressalta que o registro de nomes civis como marca não é apenas uma questão comercial, mas também de respeito e legalidade. Empresas e indivíduos devem estar atentos às exigências legais para evitar conflitos e garantir o uso adequado de marcas relacionadas a nomes.


Fonte: Migalhas

Machadinho celebra conquista histórica: primeira Indicação Geográfica da erva-mate no RS!
Por Adriana Brunner 2 de maio de 2025
No Dia do Chimarrão, a Região de Machadinho (RS) teve mais um motivo para comemorar: foi oficializada a conquista da primeira Indicação Geográfica (IG) de erva-mate no estado, um reconhecimento concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Hoje é Dia Mundial da Propriedade Intelectual!
Por Adriana Brunner 30 de abril de 2025
Neste 30 de abril, o mundo celebra o Dia Mundial da Propriedade Intelectual (PI) — uma data fundamental para reconhecer o valor da criatividade, inovação e dos direitos que protegem as ideias.
China lidera o cenário mundial de patentes em inteligência artificial, aponta relatório de Stanford
Por Adriana Brunner 30 de abril de 2025
O domínio da China no campo da inteligência artificial (IA) continua se ampliando. De acordo com o Artificial Intelligence Index Report 2025, da Universidade de Stanford, o país responde por impressionantes 69,7% das patentes de IA concedidas globalmente, consolidando-se como a principal potência mundial nesse setor.
STJ mantém condenação da FIFA por violação de boa-fé pré-contratual em disputa sobre spray
Por Adriana Brunner 29 de abril de 2025
A recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no caso envolvendo a FIFA e a empresa brasileira Spuni Comércio de Produtos Esportivos e Marketing Ltda reforça um importante precedente para o direito contratual e de propriedade intelectual no Brasil: a responsabilidade pela quebra da boa-fé objetiva durante tratativas negociais, mesmo sem a assinatura formal de contrato.
Campanha, direitos autorais e reputação: o caso Pablo Marçal vs. Dexter
Por Adriana Brunner 28 de abril de 2025
A Justiça de São Paulo condenou o influenciador e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, por uso indevido da música “Oitavo Anjo”, do rapper Dexter, durante sua campanha eleitoral em 2024.
Marca é território: Justiça impede Mueller de usar nome Philco no Brasil
Por Adriana Brunner 25 de abril de 2025
A Justiça do Paraná reafirmou, em decisão da 19ª Câmara Cível, a proibição da empresa Mueller Eletrodomésticos Ltda. de fabricar, exportar ou comercializar qualquer produto com a marca Philco no Brasil, sem autorização da detentora dos direitos, a Britânia Eletrodomésticos S/A.
Saberes tradicionais e a corrida por patentes: Ayahuasca, rapé e jurema no centro do debate internac
Por Adriana Brunner 24 de abril de 2025
Medicinas tradicionais utilizadas por povos indígenas sul-americanos há séculos, como a ayahuasca, o rapé, o kambô e a jurema, vêm despertando crescente interesse da indústria global — especialmente farmacêutica — e se tornaram alvo de milhares de pedidos de patente em todo o mundo.
Depósitos de marcas por pequenos negócios crescem 33% em dois anos: um passo estratégico rumo à inov
Por Adriana Brunner 23 de abril de 2025
Nos últimos dois anos, pequenos negócios brasileiros têm mostrado um interesse crescente na proteção de seus ativos intangíveis.
Brasil em último lugar no ranking de competitividade industrial: o retrato de um atraso estrutural
Por Adriana Brunner 22 de abril de 2025
O novo ranking de competitividade industrial divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) expõe, com números e critérios objetivos, a fragilidade do Brasil frente aos principais concorrentes globais.
Propriedade Intelectual na Educação: um passo importante para formar mentes inovadoras
Por Adriana Brunner 17 de abril de 2025
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o INPI deram início a uma importante articulação para ampliar o diálogo entre a Propriedade Intelectual e o sistema educacional brasileiro.
Mais Posts