Inovação verde: quando sustentabilidade se torna estratégia
A corrida por patentes verdes mostra que o Brasil entrou de vez na era da inovação sustentável — um movimento em que responsabilidade ambiental e vantagem competitiva andam lado a lado.
O país já ocupa o segundo lugar na América Latina em inovação, segundo o Índice Global de Inovação (GII), e apresenta uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com quase 90% da eletricidade proveniente de fontes renováveis. Essa combinação de biodiversidade, energia limpa e capacidade tecnológica torna o Brasil um dos ambientes mais favoráveis para desenvolver soluções verdes com potencial global.
Nos últimos anos, as empresas brasileiras têm percebido que investir em tecnologias sustentáveis não é apenas uma questão de reputação — é estratégia de negócio. Processos produtivos mais eficientes e produtos de menor impacto ambiental reduzem custos, fortalecem marcas e abrem portas em mercados cada vez mais exigentes em critérios ESG.
De acordo com o INPI, já foram concedidas mais de mil patentes verdes no país, com destaque para os setores de energia e gestão de resíduos. Esse número mostra que a sustentabilidade deixou de ser discurso e passou a ser ativo de inovação.
Ainda há desafios: o tempo de processamento de patentes, o acesso a financiamento e a baixa cultura de P&D entre pequenas e médias empresas são obstáculos reais. Mas o cenário é promissor.
O contexto global de transição energética e o avanço das políticas ESG criam uma oportunidade única: transformar o potencial verde do Brasil em um motor de competitividade, conectando inovação, propriedade industrial e desenvolvimento sustentável.
A vantagem competitiva não estará apenas em produzir mais ou produzir barato, mas em produzir “melhor” e crescer de forma mais inteligente — com menor impacto, maior eficiência, mais conexão com as expectativas de mercado e sociedade.
Fonte:
Exame












